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20160712

O Douglas DC-3

O Douglas DC-3 é um avião  bimotor para uso civil que revolucionou o transporte de passageiros nas décadas de 1930 a 1940. Essa extraordinária aeronave operou em todos os continentes, participando de todas as batalhas mais importantes, permanecendo em operação muito tempo depois de terminada a 2ª Grande Guerra.


Na época em que a United Airlines dominava o mercado no Estados Unidos com as aeronaves Boeing 247 fabricadas exclusivamente para ela, a TWA  solicitou ao fabricante Donald Douglas projetar um avião com base no DC-2 para substituir o americano Curtiss Condor II,  biplano, um modelo de aeronave que pudesse fazer frente ao seu concorrente. 
Boeing 247

Nascia assim o DC-3, um bimotor capaz de transportar até 32 passageiros. Equipado com dois motores Wright R-1820 Cyclone de 1.100 hp cada, decolou para seu primeiro voo em 17 de Dezembro de 1935, voando a 334 km/h sob um teto de serviço de 7 km.
Curtiss Condor II
Em meados dos anos 1930, companhias como a Standard Air Lines  e a Transcontinental Air Transport  precisavam aliar-se a companhias ferroviárias para levar seus passageiros de uma costa à outra dos Estados Unidos. As longas viagens levavam entre 44 e 51 horas, com várias conexões entre trens e aviões. O Douglas DC-3, por sua vez, possibilitou cruzar os Estados Unidos em apenas 15 horas, com três paradas para reabastecimento.

O advento da Segunda Guerra Mundial impulsionou a produção de uma versão militar do Douglas DC-3, o C-47, que amplamente utilizado em todas as frentes. Por não serem aeronaves de combate, muitas delas sobreviveram ao conflito, criando uma grande disponibilidade de aeronaves em bom estado para o mercado da aviação civil.


As últimas unidades civis do Douglas DC-3 foram produzidas em 1942, mas sua presença nas linhas aéreas foi marcante até a década de 1970. Mesmo nos dias de hoje, inúmeras companhias ao redor do mundo ainda o utilizam, por sua robustez em operar em pistas menos conservadas.

Douglas DC-3 "Rose"
Hoje em dia existe no Brasil um Douglas DC-3 de propriedade do empresário Arruda Botelho, ainda voando. Existem alguns outros exemplares em exposição entre eles o Douglas DC-3 "Rose", no Museu da TAM  em São Carlos / SP  que ainda esta em condições de voo. Esse avião preserva algumas marcas de tiros, por ter sido usado no dia "D" na Segunda Guerra Mundial. 



Curiosidades sobre o DC-3 extraídos da publicação “DC-3... O imortal” de José Ribeiro de Mendonça, Rio de Janeiro, sem uma data conhecida, imagino ser da década de 50: 
 O Fabuloso Douglas DC-3 (Texto da imagem)


- O DC-3 tem o recorde de ser o avião fabricado em maior número de unidades e versões: 11.000 unidades em 54 versões.
- Apesar da Força Aérea dos Estados Unidos possuir os mais modernos aviões, ainda mais de 1000 DC-3 estão voando com a insígnia da USAF.
- O último DC-3 fabricado deixou a linha de produção em 6 de maio de 1946, destinou-se a uma companhia do Brasil.
- A VARIG possui a primeira frota de CD-3 do mundo, entre as empresas comerciais com 40 unidades, em seguida vem a Indian Airlines e em terceiro vem a Cruzeiro do Sul.
- O DC-1, protótipo do DC-3 após ter servido a TWA e a USAF acidentou-se quando voava para a Ibéria. De seus destroços foi feito um andor que ainda hoje transporta a imagem da Virgem Maria pelas ruas de Malaca.
- O primeiro DC-3 a voar em uma companhia comercial foi entregue em agosto de 1936 a UNITED AIRLINES.
- Cem DC-3 deram início a Ponte Aérea de Berlim, quando bloquearam a antiga capital da Alemanha.
- A Força Aérea Brasileira possui 50 DC-3.
- O primeiro avião a pousar no Pólo Sul foi um DC-3, que tinha o nome “Que Será, Será” pintado no nariz.
- A Força Aérea Norte-Americana enviou a Donald Douglas, presidente da Douglas, um diploma “pelo serviço excepcional do melhor avião até hoje construído” ... O Douglas DC-3.

Post (233) – Julho de 2016