20170428

O dia em que os EUA lançaram um míssil nuclear contra o Brasil

 Acidentes acontecem, e esse envolveu um míssil muito antigo, o SM-62 Snark, americano, solução apresentada no final da Segunda Guerra Mundial para a substituição de bombardeiros tradicionais.

Um míssil de cruzeiro automatizado voando a 10 mil km que poderia soltar uma bomba no alvo, podendo fazer o mesmo serviço que um bombardeiro com um custo menor. O Problema é que o projeto começou em 1946, o transistor só seria inventado em 1947. O Snark teria que ser controlado por um sistema de navegação a válvulas e pouco confiável.


Os testes do Snark previam o lançamento da Flórida em direção à ilha de Ascensão, no Atlântico. Inicialmente os técnicos não conseguiam entender o erro médio de 31,5 km em relação ao alvo, mas depois descobriram que as cartas náuticas fornecidas pelos ingleses estavam erradas. O Snark se dirigia ao ponto indicado nos mapas, mas não era lá que a ilha estava. O Snark só se tornou operacional em fevereiro de 1961 e ao que tudo indica teve uma vida muito curta, pois logo foi declarado obsoleto e em março do mesmo ano o projeto foi cancelado.

Vamos a nossa história, em 1956 durantes os testes aconteceu um pequeno problema:

 Um Snark foi lançado em direção ao Atlântico, deveria seguir um determinado rumo, quando então o seu desempenho seria avaliado por vários técnicos embarcados em navios posicionados ao longo da rota prevista. Só que o “cérebro eletrônico do artefato” decidiu se rebelar e em vez disto, seguiu em direção ao Brasil, caindo em algum lugar do Nordeste, ou na Amazônia.
O acidente não foi classificado como secreto, foi divulgado e o governo brasileiro foi devidamente informado, este respondeu comunicando que mandaria um grupo de buscas atrás do míssil, evidentemente isto não aconteceu.
O Snark só foi encontrado, por acaso na Serra do Mutum, no Maranhão, onde tinha permanecido abandonado no meio do mato por 25 anos, segundo uma publicação da Revista Veja de 27 de janeiro de 1983.

Para sorte nossa, o míssil não carregava nenhuma ogiva nuclear, mas trazia algo muito importante, algo que ignoramos e desprezamos. 
Se o Brasil tivesse realmente tentado localizar o Snark, o examinado e estudado, ele seria a base de nossa nascente indústria aeroespacial da época. Nossa história poderia ser completamente diferente, poderíamos ter feito uma engenharia reversa e antecipado o lançando nosso primeiro míssil de cruzeiro, que somente nos dias de hoje esta acontecendo. 



Infelizmente para isso é preciso ter iniciativa e vontade, afinal aqui é o Brasil.

Fonte: Postagem de Carlos Cardoso no Site MeioBit.

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